..sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso.
sábado, 15 de outubro de 2011
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Velhas lembranças
Eu estava fazendo uma limpa no computador e achei um pequeno texto que fiz quando estava afastada do Igor, um pequeno desabafo. Isso foi em 09/03/2011, e resolvi postar aqui. Só pra deixar claro, eu mandei esse texto à ele e desde então, voltamos a estar juntos;
Vivi bastante coisa contigo, em termos. Ao meu ver, tínhamos uma boa relação, apesar de não passar muito tempo juntos, mas creio também que essa distância foi o que fodeu com tudo.
Estava assistindo uns vídeos nossos e não tinha noção do quanto isso iria me fazer sorrir, não tinha noção do quanto essas lembranças eram boas, essas lembranças me fizeram feliz, tu me fizeste feliz.
Se hoje voltássemos creio que não nos daríamos tão bem, muita coisa mudou, muita coisa em mim mudou, mas tu foste algo muito bom enquanto durou, tu foi uma boa fase e nunca me esquecerei de ti, sempre guardarei essas boas lembranças e as mostrarei aos meus filhos e lhes contarei o quanto tu foste importante pra mim. Enfim, este pequeno texto foi algo mais para mostrar a importância que tivesses mim e o quanto me fez feliz, obrigado por tudo. Obrigado por ter participado de uma fase tão importante pra mim, minha fase Igor.
Postado por trelha às 07:13 0 comentários
sábado, 5 de fevereiro de 2011
“Poderíamos casar. Não chegaríamos sequer perto do exemplo de família perfeita. Teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. Improvável. Tomaríamos café as cinco da tarde. Eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. Discordaríamos quanto a cor das cortinas. Não arrumaríamos a cama diariamente, beberíamos juntos em algum clube no final de semana. A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias. Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira. Você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. Sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer. Você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. Sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importaríamos em chegarmos encharcados. Dormiríamos com o computador ligado. Nos beijaríamos no meio de alguma frase. Você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria por que, eu não responderia. Saberíamos. Poderíamos casar.”
Postado por trelha às 19:41 0 comentários